PERTURBAÇÃO E OBSESSÃO
Caríssimos irmãos, que a paz do Mestre Jesus nos envolva em mais esta
noite que nos reunimos em S’eu Augusto nome.
Nesta oportunidade falaremos sobre um tema recorrente em nossas vidas,
que são as perturbações e obsessões.
Vivemos nossa vida a cada dia com seus recursos próprios, tais como
família, amigos, saúde, doenças como ferramentas pedagógicas, trabalho,
dinheiro, agasalho, alimento, teto, podermos pensar, sentir, falar, ver, ouvir,
sorrir e amar. Cada um destes recursos nos é dado pela Bondade Divina, a fim de
cumprirmos com nossas tarefas reencarnatórias.
Ora damos valor, ora não!
Ora agradecemos, ora não!
Mas, sempre surge um instante em nossas vidas em que nos perguntamos: “como estou quanto aos meus desajustamentos
espirituais”? E quase sempre a resposta será, DESAJUSTADO ou PERTURBADO! E por que isso acontece? Qual o motivo
para que estes desajustamentos espirituais infiltrem-se em nosso íntimo?
Irmãos, nossa vida está sempre ameaçada por desafios externos, sendo
estes doenças, perda de entes queridos, desarmonia no lar, desemprego, vícios
lícitos e ilícitos, desequilíbrios emocionais e muito mais. E o que são estes
momentos infelizes? Ocasiões para desespero, raiva, indignação, destempero,
violência? Não, são OPORTUNIDADES!
Oportunidades para a resistência, equilíbrio, aprendizado, autoconhecimento
e burilamento de nosso Espírito. São, momentos de provas onde devemos aprender
a resistir contra as intempéries que
a vida nos apresenta a fim de que nos fortaleçamos para as dificuldades
vindouras; mantermos o equilíbrio de
nossas atitudes com vistas à solução ponderada de nossos problemas; adquirirmos
o aprendizado em cada momento
infeliz que cruze nossos caminhos, pois uma prova vivenciada sem que tiremos
dela o aprendizado que cada uma traz em seu bojo, será uma oportunidade de
crescimento espiritual perdida; autoconhecimento
que possibilite-nos identificar nossos limites, fracassos e valores para
podermos caminhar por estradas mais seguras; e, finalmente, a busca constante
pelo burilamento de nossos Espírito,
pois somente a cada um de nós cabe a tarefa do aperfeiçoamento interior.
Criados por Deus que fomos, vivemos sob a regência de uma Lei Divina de
Evolução que não quer que soframos e sim evoluamos, cabendo a cada um a decisão
de ser pela dor ou pela consciência.
Mas amigos, se nesses momentos de infortúnio nos esquecemos da paciência,
entendimento, serenidade, confiança, educação e a oração, então é hora de
pararmos e refletirmos: Quais são as retificações necessárias em mim? O que
preciso mudar para enfrentar os dissabores que se fazem presentes em minha
vida?
Só que em vez disso pensamos imediatamente que estamos sendo “obsidiados”,
vítimas de entidades vampirizantes!!! Lembremos caros irmãos, que a obsessão é
o domínio que alguns Espíritos adquirem sobre outros, provocando-lhes
desequilíbrios psíquicos, emocionais e mesmo físicos, podendo ocorrer de
desencarnado para encarnado, desencarnado para desencarnado, encarnado para
encarnado e encarnado para desencarnado.
Até somos mesmo obsidiados, porque abrimos as portas espirituais para
essas obsessões através de nossas atitudes, como orgulho, egoísmo, raiva,
inveja, julgamentos excessivos, vícios materiais e morais e avareza de recursos
e de boas atitudes. Mas, na maioria das vezes somos obsidiados por nós mesmos,
através da AUTOOBSESSÃO, onde o indivíduo desenvolve uma condição mental
doentia, atormentando-se a si mesmo, tendo origem em traumas, remorsos e culpas
não resolvidos adequadamente. A pessoa então acaba por entrar em sintonia com
ambiente espiritual de igual teor, agravando o próprio quadro e aí sim,
acabando por fazer parte de uma trama obsessiva.
Não nos enganemos! Se estamos aqui, em um Mundo de provas e expiações, é
porque falhamos, e muito, em nossas existências passadas. O ódio, a vingança,
desespero, criminalidade e traições, fizeram parte de nós muito tempo e, talvez
ainda façam. Daí, a necessidade das existências regenerativas e amargas, onde
nos colocamos na condição do aluno que não estudou e, portanto, novas provas
lhe são propostas para seu aprendizado que, se mesmo assim não forem bem
aproveitadas, o mesmo será convocado a refazer seus estudos.
Companheiros de jornada espiritual, nossa vida assemelha-se a um barco
que, se estiver sem comando, ficará à deriva. Quem está no comando? Nós. Quem
fica no leme? Nós mesmos, que podemos navegá-lo de encontro ao mar agitado das
angústias, revoltas, orgulho e egoísmo ou através das águas calmas e tranquilas
da meditação, prece, caridade, amor e perdão.
Finalmente nos perguntamos: o que devemos fazer para navegar por mares
mais tranquilos?
Autocontrole, a fim de sempre manter a confiança em nós e a fé no Alto,
nos momentos em que as provas nos forem propostas por nossos Instrutores
Espirituais.
Autoimunização mental, a fim de que não entremos na frequência de irmãos
perturbados, sejam eles encarnados ou desencarnados.
Amor ao próximo, lembrando aqui as palavras do filósofo suíço Rousseau: “Sejamos bons primeiro, depois seremos
felizes; não pretendamos o salário antes do trabalho, nem o prêmio antes da
vitória”.
Reforma íntima, iniciando por nos perguntarmos por que vamos ao Centro
Espírita, à Igreja Católica, ao Templo Evangélico ou qualquer outra denominação
religiosa? Vamos à busca de uma vida mais equilibrada, superar nossos vícios
morais, refletirmos sobre nossa responsabilidade perante a vida ou vamos apenas
querendo que Deus resolva tudo para nós?
Diz um velho adágio popular, “procurei minha alma e não pude encontrá-la;
procurei Deus e o Senhor se afastou de mim; procurei o próximo e encontrei os
três”.
E para que encerremos a nossa exposição de hoje, proponho a leitura e
meditação de artigo ditado pelo Espírito Irmão José, através da psicografia de
Carlos A. Baccelli, que nos ensina:
“É em teus sentimentos
inferiores que os espíritos encontram brechas para induzir-te a processos de
natureza obsessiva;
A quem não ofereça campo
mental, os adversários desencarnados não conseguem molestar;
Mágoa e ressentimento são
pontos de ligação com as trevas;
Fecha a porta de teu espírito à
influência perniciosa dos espíritos com a chave de luz do perdão;
Que o ódio não te deixe à mercê
da vontade das entidades infelizes que saberão utilizá-lo contra ti mesmo;
A maioria dos casos de obsessão
somente é equacionada a contento quando, pelo menos, uma das partes envolvidas
toma a decisão de perdoar”.
Muita paz a todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário